O governo conseguiu engordar
os cofres públicos com R$ 46,8 bilhões arrecadados com a repatriação de
dinheiro no exterior, mas terá que gastar pelo menos R$ 59,8 bilhões, até 2019,
para custear os reajustes concedidos ao funcionalismo este ano. O impacto poderá
chegar a R$ 71,4 bi, se outros dois projetos de aumento — já aprovados em
comissões especiais da Câmara — forem aprovados no Congresso.
Sob a justificativa de que há
previsão orçamentária, o governo tem dado o aval aos dois projetos, mas aliados
ressaltam a incoerência de defender reajustes diante do esforço de aprovação da
PEC que limita o teto de gastos. Para conseguir avançar na pauta do ajuste
fiscal, o presidente Michel Temer usa a tática de manter sob controle
categorias que ameaçam fazer greve.
Os primeiros 11 projetos
aprovados tiveram o aval do Congresso e do governo Temer ainda no período de
interinidade e antes da votação do impeachment. Os dois que ainda estão
tramitando — enviados em julho deste ano — beneficiam carreiras importantes e
sensíveis do funcionalismo, como a Polícia Federal e auditores e analistas da
Receita Federal.
O Globo
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