A intervenção feita pela força
tarefa penitenciária em Alcaçuz, na manhã desta segunda-feira (20), foi
considerada um 'sucesso' pelos coordenadores e, de acordo com agentes federais,
'não há possibilidade de confrontos entre facções no pavilhão 5'. Durante
revistas nos pavilhões 1, 2 e 3, foi encontrado um revólver, bem como armas
brancas, facas artesanais e celulares.
Francisco Klenberg Batista,
agente federal de execução penal e um dos coordenadores da operação, explica
que a ação, que se iniciou às 5h25, teve duração de 30 minutos para a
intervenção direta e mais uma hora e meia para organização e retirada dos cerca
de 800 presos dos três pavilhões.
Os detentos foram levados para
o presídio Rogério Coutinho Madruga, também chamado de Pavilhão 5 de Alcaçuz. A
transferência foi feita como parte do processo de reconstrução da maior
penitenciária do Rio Grande do Norte, após rebeliões em janeiro, que deixaram
pelo menos 26 presos mortos.
"A partir de agora é
iniciado o trabalho de reconstrução. As obras começaram nesta segunda-feira
mesmo e, inclusive, já tem máquinas e pessoas trabalhando na área. Os internos
que estavam nos pavilhões 1, 2 e 3 vão permanecer no pavilhão 5 até que se
encerre esse trabalho", destaca.
Batista explica que os agentes
da força tarefa do Departamento Penitenciário Nacional vão assegurar a
segurança do pavilhão 5. "A força tarefa garante que não possibilidade de
confrontos. Os presos estarão separados e teremos efetivo suficiente de agentes
para garantir a segurança na unidade ao longo de todo esse período".
Intervenção
Agentes penitenciários
federais entraram nos pavilhões 1, 2 e 3 da Penitenciária Estadual de Alcaçuz,
na Grande Natal, às 5h25 desta segunda-feira (20), e deram início a um trabalho
de transferência de detentos. Com isso, o governo do estado juntou no Pavilhão
5 de Alcaçuz, como é mais conhecido o Presídio Rogério Coutinho Madruga, 1.200
detentos que pertencem a facções rivais. A ação foi concluída por volta de
11h30.
Em nota, a assessoria de
comunicação do governo do estado disse que a transferência é a
"continuação do trabalho que já se iniciou em janeiro, com a retomada do
Pavilhão 5 pela Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP), sob
coordenação e apoio do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), e que os
presos transferidos ficarão temporariamente no Pavilhão 5 até que as ações de
manutenção predial em Alcaçuz sejam realizadas.
A Coordenadoria de
Administração Penitenciária alertou: “não é viável colocar duas facções rivais
juntas, somando um total de mais de 1.200 presos”. E reforçou: “isso pode
causar uma revolta generalizada em todas as unidades prisionais do estado”.
G1RN
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