
A distribuição per capita dos
valores do ICMS potiguar já vinha em processo de evolução. Há três anos, o
valor era de R$ 1.287,79. Em 2015, essa marca cresceu e chegou a R$ 1.315,00
até atingir R$ 1.373,56 no ano passado. As informações fazem parte do estudo
Análise do ICMS 2016, uma publicação elaborada pelo Sebrae no Rio Grande do
Norte sobre as receitas do estado com ênfase no ICMS de 2010 ao ano passado. A
publicação pode ser conferida na íntegra no portal do Sebrae
(www.rn.sebrae.com.br) na seção Boletins Econômicos.
De acordo com o levantamento,
nesse período, houve um crescimento de 70,3% da arrecadação de ICMS enquanto o
total da receita realizada – que é a soma de todas as fontes de receitas –
cresceu 36,9%. A arrecadação de ICMS passou de R$ 2,8 bilhões em 2010 para R$
4,7 bilhões no ano passado. Já as receitas totais subiram de R$ 7,3 bilhões
para R$ 9,9 bilhões.
“Como nos sete anos a
inflação, medida pelo INPC Geral, registrou 51,9%, houve queda real da receita
realizada. No início do período a arrecadação do ICMS, que significava 38,9% da
receita do exercício, passou a representar 47,8% dessa mesma receita, em 2016.
Não por aumento do ICMS, mas por diminuição dos repasses federais. Como sobre
estes o poder público não tem interferência, o aumento da arrecadação de ICMS
se torna crucial”, explica a análise.
O estudo também posiciona a
arrecadação do imposto no Rio Grande do Norte na região e mostra que o estado
ocupa o quinto lugar em relação à arrecadação de ICMS no Nordeste, com cerca de
7% de participação na região, que tem a Bahia como principal arrecadador, com
29,3%, seguido de Pernambuco e Ceará. Os três juntos são responsáveis por 64,9%
de tudo que é arrecadado com o ICMS no NE. Aos outros cinco estados restam os
demais 35,1%.
A publicação também faz uma
comparação da participação do ICMS no total da receita realizada no Rio Grande
do Norte e nos estados vizinhos, Paraíba e Ceará. Além disso, o estudo aborda
outra fonte significativa de receitas, os royalties da produção de petróleo em
terra. Segundo a análise, em 2016, o repasse desses royalties totalizou R$
125,1 milhões, número que vem declinando nos últimos anos em função da
diminuição na quantidade de óleo extraído e da queda do preço internacional do
barril. Pelo estudo do Sebrae, no ano passado, houve também uma forte baixa na
representatividade do valor dos royalties no total da receita realizada, que
significa apenas 1,25% desse total. Em 2013 e 2014, os percentuais eram
superiores a 3%.
Agência Sebrae
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