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| Guilherme
Wanderley vai responder por atentado contra dois procuradores e um promotor no
RN (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi) |
Polícia Civil do Rio Grande do
Norte vai indiciar o servidor do Ministério Público Guilherme Wanderley Lopes
da Silva por três tentativas de homicídio. Ele atirou contra dois procuradores
e um promotor na sede do Ministério Público do estado no dia 24 de março. O
delegado Renê Lopes, que preside as investigações, pretende remeter o inquérito
à Justiça nesta terça-feira (4).
Guilherme Wanderley vai
responder pelas tentativas de homicídio contra o procurador-geral de Justiça
adjunto, Jovino Sobrinho, e contra o promotor Wendell Beetoven - ambos baleados
pelo servidor.
O delegado Renê Lopes disse ao
G1 que Guilherme também será indiciado pela tentativa de homicídio contra o
procurador-geral de Justiça do Rio Grande do Norte, Rinaldo Reis - o servidor
atirou contra ele, mas errou os disparos.
"Os três homicídios na
forma tentada são qualificados, por terem motivo fútil e terem sido praticados
mediante traição, por exemplo", explica o delegado, é titular da 5ª DP.
Guilherme Wanderley está preso
desde o dia 25 de março. Ele praticou o atentado na sede do Ministério Público
do RN no dia 24 e fugiu, mas se apresentou à polícia no dia seguinte. Desde
então, está detido por força de um mandado de prisão preventiva no Centro de
Detenção Provisória da Ribeira.
Deve ser aplicada a lei
O advogado Jonas Antunes,
responsável pela defesa do servidor público, declarou em entrevista ao G1 que
"deve ser aplicada a lei". Ele explicou que está fazendo a defesa de
Guilherme em conjunto com o advogado José Maria Rodrigues. “A defesa será
exercitada com parcimônia e responsabilidade e, por este motivo, entendemos que
o Guilherme precisa passar por uma avaliação do especialista. Somente depois de
um parecer médico, que ateste se ele sofre ou não de algum distúrbio mental, é
que poderemos avaliar como nortearemos o nosso trabalho".
Muito arrependido
Na semana passada, Guilherme
Wanderley divulgou uma carta escrita à mão na qual se diz "muito arrependido"
pelo ataque. Em 30 linhas, o servidor público contou o que aconteceu no dia.
“Na hora do crime, não tive coragem de matar nenhum dos três”, relata.
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Wendell Beetoven Ribeiro Agra,
promotor
de Justiça do Rio Grande do Norte (Foto: Arquivo Pessoal)
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Guilherme ainda pediu
desculpas pelo e afirmou: “acordo todas as noites e manhãs rezando para não ter
feito isso. Aí vejo que cometi. Foi uma cegueira bem mais forte do que eu. No
final, quem foi atingido mesmo, fui eu. Pensei estar seguindo a bíblia, tinha
certeza que estava, mas, na verdade, descobri que não estava. Agora terei
muito, muito tempo para pensar no meu ato”.
Promotor
O promotor Wendell Beetoven,
um dos alvos do atirador do MPRN, disse que "um sujeito que age
dissimuladamente, que atira pelas costas, que não tem coragem de enfrentar
outro homem cara-a-cara, não merece sequer respeito. É um ser desprezível, sem
honra".
Beetoven foi baleado nas
costas, teve um pulmão perfurado, duas costelas quebradas e está com o projétil
alojado no peito. “Sigo internado, com o dreno no pulmão e tomando sedativos.
As duas costelas quebradas doem muito e, segundo os médicos, tem que esperar,
pois não dá para emendar. O dano no pulmão direito é irreversível, o que
dificulta a respiração. A bala continua alojada, pois os médicos consideram que
é mais arriscado mexer agora”, explicou.
G1


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