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terça-feira, 25 de maio de 2021

Governo vai editar decreto com medidas restritivas para Angicos, região Central e região do Vale

O governo do Rio Grande do Norte e prefeituras do Vale do Açu e região Central do estado discutiram a publicação de um decreto com medidas mais restritivas para a região, por causa do aumento de casos de Covid-19.

O movimento segue o exemplo da região do Alto Oeste, que solicitou a ampliação das restrições por causa do aumento de casos e óbitos na região. A reunião entre o grupo de prefeitos e o governo aconteceu na tarde desta segunda-feira (24).

Em menos de cinco meses, o Rio Grande do Norte teve mais mortes por Covid-19 do que o registrado ao longo de todo o ano de 2020.

 

O município de São Rafael está em "lockdown" até esta terça-feira (25). O município registrou em 2020, 320 casos de coronavirus. Nos primeiros cinco meses de 2021, já registra quase a mesma quantidade. 308 pessoas foram infectadas de janeiro para maio.

 

Outros municípios do Vale do Açu estão em situação preocupante. Entre os 20 que foram apontados pelo indicador composto na semana passada, em pior situação na pandemia, estão Carnaubais, Itajá, Alto do Rodrigues, Pendências, e Triunfo Potiguar.

 

"Eu sempre defendi que cada município pudesse ditar suas regras de acordo com sua situação epidemiológica, de acordo com a taxa de transmissibilidade, e isso está sendo feito agora, os municípios estão se reuninndo porque estão observando que a realidade local de cada um está refletindo na situação regional, que é a situação da transferência de nossos pacientes para Assu e Mossoró e que não há leitos", disse Reno Marinho, prefeito de São Rafael e presidente da associação dos municípíos.

 

Na reunião desta segunda-feira (24), participaram prefeitos de 15 municípios, que devem aderir ao decreto:

  • Angicos
  • Assú
  • Paraú
  • Triunfo Potiguar
  • São Rafael
  • Itajá
  • Ipanguaçú
  • Carnaubais
  • Alto do Rodrigues
  • Pendências
  • Afonso Bezerra
  • Fernando Pedroza
  • Lajes
  • Serra do Mel
  • Porto do Mangue

O aumento no número de casos e a ocupação dos leitos críticos, entre 90% a 100% nos últimos dias, tem feito os gestores procurarem medidas mais duras. O governo do estado, que já tinha sido contatado em momentos anteriores com pedidos de flexibilização, agora tem recebido pedido inverso.

 

"A discussão é a mesma que estamos tendo em outras regiões, diante da necessidade de se adotar medidas mais restritivas. O quadro se apresenta para o estado é bastante grave e o interessante é que nesse momento os próprios prefeitos e prefeitas estão se mobilizando e a gente está podendo fazer essa parceria entre estados e municípios", afirmou o secretário Fernando Mineiro, que coordena o programa Pacto Pela Vida.


O decreto regionalizado para o Alto Oeste está em vigor desde o último sábado (22), mas não está sendo seguido por todos os 37 municípios da 6ª Regional de Saúde. Tenente Ananias continua com aulas presenciais e o prefeito de Encanto disse que não aderiu ao decreto regional. Mas, aceitando ou não, os dois municípios estão sujeitos ao decreto publicado para a região.


"Se o município não tem um decreto mais restritivo, o decreto do estado é que se impõe. Então, no caso é um decreto estadual que tem validade para os municípios. A gente faz um apelo aos gestores e gestoras para seguirem, até porque foi um decreto pactuado, debatido com representações da região", reforçou Mineiro.


Na tarde desta terça-feira (25), os prefeitos do Vale do Açu e alguns da região Central devem se reunir novamente com o Estado para definir o que vai conter no decreto, que deve ser publicado com validade já a partir desta quarta-feira (26).


A validade do decreto ainda está sendo discutida, mas é possível que ele deva encerrar após o feriadão de Corpus Christi, na mesma data em que se encerra o decreto do Alto Oeste, dia 6 de junho. Mas o decreto do Vale do Açu terá algumas particularidades.


Segundo o prefeito Reno Marinho, o deslocamento entre cidades e o toque de recolher deverão ser diferentes.


G1RN

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