A presidente Dilma Rousseff
voltou a aproveitar um discurso fora do Palácio do Planalto para garantir a
manutenção de programas sociais. Na 5ª Conferência Nacional de Segurança
Alimentar e Nutricional nesta terça-feira, a presidente disse que além do Bolsa
Família manterá também o programa de cisternas no sertão nordestino. Ela
garantiu que seguirá inclusive com a busca ativa do Bolsa Família, mecanismo
que procura novos beneficiários para serem incluídos na ação.
Para uma plateia de indígenas,
povos tradicionais e agricultores familiares, da qual recebeu vários aplausos e
demonstrações de apoio, Dilma falou que esta é a primeira conferência que
ocorre depois que o Brasil saiu do mapa da fome e disse que ela é um exemplo
vivo da importância da alimentação saudável. Em dieta desde o ano passado,
Dilma pratica exercício diariamente e perdeu cerca de 15 quilos.
— Passamos hoje por um momento
de ajuste, um momento necessário para reorganizar nossa situação fiscal,
reduzir a inflação e reconquistar a forca de nossa economia. Vamos adotar
várias medidas, mas asseguro que o objetivo é encurtar esse período para que
possamos de forma mais rápida crescer e gerar os empregos necessários. Todas as
nossas escolhas estão orientadas pelo compromisso de, mesmo determinados a
fazer essa reorganização da economia, não vamos abrir mão das políticas que
estão mudando o Brasil. Quero assegurar a vocês que o Bolsa Família continua
sendo pago pontualmente. E garanto a vocês que não será reduzido — discursou.
Dilma citou Betinho e sua luta
contra a fome. Repetidamente mencionou o lema de seu primeiro mandato, de que o
fim da fome é apenas o começo. E disse que ainda há muitos desafios à frente.
Ela pontuou que até pouco tempo atrás, o sonho do Brasil era acabar com a fome.
E que hoje, um dos grandes problemas é a "epidemia da obesidade". Ele
citou a si mesma como exemplo de luta contra a obesidade e sinalizou que, ao
adotar uma vida saudável, passou a consumir menos remédios.
— A minha própria experiência
mostra a importância de uma boa alimentação e da prática de exercícios físicos.
Nada mais necessário para todos nós. Para que nós possamos diminuir a
quantidade de remédio que tomamos e para que não se instale a obesidade, porque
depois lutar contra ela é muito mais difícil — disse.
A 5ª Conferência Nacional de
Segurança Alimentar e Nutricional ocorre entre os dias 3 e 6 de novembro no
Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. Cerca de duas mil pessoas,
entre representantes da sociedade civil, indígenas, quilombolas e comunidades
tradicionais, devem participar do evento. O encontro discutirá políticas
públicas voltadas para a alimentação, os avanços e obstáculos da área e o
Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Governadores, ministros
e parlamentares também devem participar da conferência.
O Globo
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