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quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Teles abrem guerra de preços para driblar queda de clientes

As operadoras de telefonia móvel decidiram abrir uma disputa acirrada por preço para reconquistar o consumidor que, afetado pela crise econômica, cortou gastos e eliminou do orçamento os vários chips de celular que até então carregava na bolsa. Nesta terça-feira, a Oi anunciou redução de até 82% no preço de suas tarifas e o aumento do pacote de dados para planos pré-pagos. Na sexta-feira, a TIM havia anunciado a reformulação de seus planos. Segundo fontes, a Vivo lançará em breve novos planos comerciais.

Segundo analistas, a base pré-paga é a primeira a sentir as mudanças nos planos, já que a geração de receita é mais rápida e pode reforçar o caixa das empresas, que sente os efeitos da crise. De janeiro a agosto, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), houve queda de 2,69% no número de usuários pré-pagos, para 208 milhões — número que representa 74% do total de usuários no país.


— As pessoas estão deixando de ter o segundo chip por uma questão de custos. Agora, as operadoras estão brigando para ser o chip único do cliente. Após Oi e TIM, Vivo e Claro vão atrás — disse Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco.

MAIS CONCORRÊNCIA 
Os especialistas e as empresas lembram ainda o fenômeno das redes sociais. Eles citam o caso do WhatsApp, que permite a ligação entre os clientes e surge como opção para a redução de gastos quando o consumidor quer ligar para diferentes operadoras. Assim, a Oi decidiu reduzir o preço das tarifas. Antes, o cliente pré-pago pagava R$ 1,75 por minuto para ligar para outras operadoras e R$ 2,40 para interurbanos. Agora, essas ligações vão custar R$ 0,30.

— Queremos ganhar participação de mercado. O dinheiro está mais curto para todo mundo. A questão macroeconômica acaba influenciando — diz Bernardo Winik, diretor de Varejo da Oi — Neste mês de novembro, estamos com a “Black November”, com descontos de até R$ 1,3 mil nos aparelhos.

Roberto Guenzburger, diretor de produtos de mobilidade da Oi, lembrou ainda que a empresa também aumentou o volume de dados oferecidos nos pacotes semanais. Passou de uma média de 150 mega (MB) para até 400 MB.

— Um cliente pré-pago, hoje, usa, em média, cerca de 300 MB — destacou ele, lembrando que, em média, os clientes pré-pagos gastam cerca de R$ 50 por mês com os vários chips que utilizam ao mesmo tempo.

A TIM também está de olho nesses clientes. Por isso, a companhia reformulou seus planos. No pré-pago, a empresa oferece hoje, por R$ 7 semanais, cem minutos em ligações para qualquer operadora. Antes, a tarifa era de R$ 0,99 por minuto para ligações fora da rede da TIM e tinha 300 minutos para outros números da TIM. A empresa também aumentou o volume de dados de 50 MB para 150 MB.

— O momento da economia fez as empresas se reinventarem. A crise está fazendo as pessoas escolherem um só chip. Nesse momento, a preocupação é mais econômica e esse conceito de ligações dentro da rede (de uma mesma operadora) não faz mais sentido. O valor médio de uma ligação entre usuários de operadoras diferentes é de R$ 1,50, quarenta vezes mais caro que uma chamada dentro da mesma rede. É um preço muito alto para o momento do Brasil — disse Rogerio Takayanagi, diretor da TIM Brasil.

A Claro, recentemente, também alterou parte de seus planos com foco no maior uso de dados, ao permitir o uso gratuito das redes sociais (como Facebook, WhatsApp e Twitter). Segundo analistas, as empresas também estão se preparando para aumentar a base de clientes num momento em que as taxas de interconexão (VUM), valor que uma empresa tem de pagar quando o cliente liga para a rede de outra companhia, estão em queda livre e tendem a ficar próximas de zero já em 2019.

— Em pouco tempo não haverá diferença de preço em qualquer tipo de ligação. As empresas estão preocupadas com isso e querem ter uma base de usuários já fidelizadas. Ainda há a expectativa de maior competição com novas operadoras virtuais — disse Ronaldo Sá, da Orion.

O Globo

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