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Rolim/Fotoarena/Estadão Conteúdo
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O Brasil está entre os 25
países do mundo mais bem-preparados para eventuais ameças biológicas, de acordo
com o Índice Global de Segurança em Saúde (GHS, na sigla em inglês).
Em um ranking de 195 países, o
Brasil ocupa a 22ª posição, à frente da China (51ª), que vive uma epidemia de
coronavírus.
O Índice Global de Segurança
em Saúde — projeto da organização não governamental Nuclear Threat Initiative e
do Centro de Segurança em Saúde do Johns Hopkins Center, desenvolvido pela
Economist Intelligence Unit — avalia a capacidade de prevenção, detecção e
respostas a ameaças biológicas e também o sistema de saúde.
A lista, divulgada em outubro
do ano passado, inclui todos os países signatários do Regulamento Sanitário
Internacional.
No topo do ranking aparecem
Estados Unidos (1º), Reino Unido (2º) e Países Baixos (3º).
As posições são definidas por
notas de 0 a 100, em que 100 indica as melhores condições de saúde. Os EUA
tiveram 83.5 pontos. O último colocado foi a Guiné Equatorial, com 16.2 pontos.
Segundo o estudo, “ameaças
biológicas — naturais, intencionais ou acidentais — em qualquer país podem
representar riscos à saúde global, segurança internacional e economia mundial.
Como as doenças infecciosas não conhecem fronteiras, todos os países devem
priorizar e exercer as capacidades necessárias para prevenir, detectar e
responder rapidamente a emergências de saúde pública”.
O Brasil obteve 59.7 pontos —
acima da média (40.2) e da China, que aparece com 48.2 — e é o país
latino-americano com a melhor posição.
No item prevenção, que é a
capacidade de impedir o surgimento ou liberação de patógenos, o Brasil teve
59.2 pontos (a média global foi de 34.8).
Em relação à detecção e
reporte de ameaças biológicas, o Brasil obteve 82.4 pontos (a média global foi
41.9).
O sistema de laboratórios
brasileiro recebeu nota 100 (a China teve 66.7). Em relação à vigilância em
tempo real, o Brasil teve 81.7, contra 68.3 da China.
Vale ressaltar que o país
conta com instituições de pesquisa que são referências internacionais, como a
Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), no Rio de Janeiro; o Instituto Evandro Chagas,
no Pará; o Instituto Adolfo Lutz e o Instituto Butantan, em São Paulo.
O médico Gerson Salvador,
infectologista e especialista em saúde pública pela Faculdade de Saúde Pública
da USP (Universidade de São Paulo), explica que a vigilância no Brasil tem sido
aperfeiçoada nas últimas décadas.
“Uma das áreas de maior
expertise que nós temos no Brasil é o serviço de vigilância. Servidores
públicos de carreira em nível federal e nos estados e municípios, de elevada
competência técnica, que já lidaram com diversas epidemias no Brasil, como zika
e H1N1.”
O Brasil também recebeu nota máxima
no sub-item “integração de dados humanos/animais/ambientais entre os setores de
saúde”, enquanto a China teve 0.
No item resposta rápida, que é
capacidade de responder rapidamente e mitigar a propagação de uma epidemia, a
nota brasileira foi 67.1 (ante 38.4 da média mundial).
O Brasil aparece entre os
únicos noves países considerados pelo estudo como os melhores no critério de
resposta rápida — os outros são Reino Unido, Estados Unidos, Suíça, Países
Baixos, Tailândia, Coreia do Sul, Finlândia e Portugal.
Sistema de Saúde
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