Sede do Detran RN em Nata
(arquivo) — Foto: Detran/Divulgação
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Cinco servidores do
Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Norte (Detran-RN) foram
afastados na manhã desta sexta-feira (7), quando foi deflagrada a Operação
"Pecúnia Doc", da Polícia Civil, que investiga a prática de corrupção
dentro do órgão estadual.
Quatro despachantes também são
alvos da ação. Uma pessoa acabou presa em flagrante, durante o cumprimento dos
mandados, por posse ilegal de arma de fogo.
A operação foi realizada pela
Delegacia Especializada de Defesa do Patrimônio Público e do Combate à
Corrupção (Deccor). De acordo com a delegada Karla Viviane, os envolvidos
cobraram valores variados, de até de R$ 1 mil reais, dos usuários, para
antecipar as vistorias nos veículos, para que os servidores "não
notassem" alguma irregularidade, ou até mesmo aprovar veículos que sequer
estavam no estado.
Ainda de acordo com a Polícia
Civil, os crimes eram realizados há vários anos e ainda não é possível dizer o
volume de dinheiro movimentado pelas práticas de corrupção. Os casos
descobertos teriam acontecido na sede do órgão, em Natal, e no Shopping Via
Direta, onde o Detran também realiza atendimentos.
As investigações começaram
após informações repassadas pela própria direção do órgão à polícia. Entre
outros crimes, os investigados deverão responder por corrupção ativa e passiva.
Em nota, o Detran que as
investigações foram iniciadas há cerca de 1 ano, quando o órgão identificou
indícios de irregularidades, acionando a Polícia Civil e fornecendo todo o
aparato de informações e documentações solicitadas pela Justiça e pela Polícia
Civil.
"Ressaltamos que a
Decisão Judicial expedida ao Detran na data de hoje (07), determinando o
afastamento das funções de dois servidores efetivos do Detran, dois servidores
cedidos e um comissionado (Já exonerado do cargo em janeiro deste ano, devido a
suspeitas de irregularidades), foram cumpridas de imediato pela Direção do
Detran".
O órgão também afirmou que
bloqueou o credenciamento de dois despachantes apontados pela investigação,
inclusive determinando a proibição da entrada de ambos nas dependências do
órgão, "sendo essa última medida aplicada a outros três 'atravessadores'
(que se passam por despachantes)".
G1RN
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