Os dados estão no Regula RN, plataforma que monitora em tempo real as regulações e internações em todo o estado. A consulta foi feita às 14h. A maior espera é na Região Metropolitana, onde aguardam 40 pacientes. A Região Oeste tem os outros 10 pacientes à espera de um leito crítico.
Esses pacientes são regulados com a necessidade de uma UTI, mas não conseguem ser transferidos em função da alta taxa de ocupação dos leitos críticos em todo o estado e por isso ficam na fila.
Em meio a este cenário, nesta segunda-feira (5) o novo decreto do governo do RN entrou em vigor. Nele, foram flexibilizadas as atividades do comércio, da educação, das academias e igrejas, mesmo após recomendação contrária do comitê científico. O toque de recolher voltou a funcionar das 20h às 6h e integralmente aos domingos e feriados.
O comitê recomendou a prorrogação das medidas mais restritivas por considerar o cenário ainda crítico e imprevisível no estado. No dia 15 de março, 152 pacientes chegaram a esperar na fila por um leito de UTI em todo o estado. Após o decreto de isolamento social rígido que durou até o domingo (4), com o fechamento do comércio não essencial, esse número caiu 67%.
A governadora Fátima Bezerra (PT) explicou que o recomendável seria seguir com esse decreto, como recomendou o comitê científico, mas alegou que atendeu ao apelo de prefeitos e empresários e levou em consideração o aspecto social, o desemprego e falta de renda para quem não podia trabalhar para a reabertura das atividades econômicas.
Março, inclusive, registrou o maior número de mortes, desde o início da pandemia, de pacientes na fila à espera de um leito de UTI para atendimento. Pelo menos 172 pessoas morreram dessa forma.
Para tentar reduzir a fila, novos leitos críticos têm sido abertos nas últimas semanas. Nesta segunda-feira (5), segundo o Regula RN, existem 393 leitos de UTI funcionando no Rio Grande do Norte. Como base de comparação, em 2020 o RN chegou a ter no máximo 316 leitos críticos abertos - 77 a menos. Esse número foi registrado no mês de agosto.
Mesmo com menos leitos no ano passado, o maior número registrado de pessoas na fila à espera de de uma UTI aconteceu no dia 22 de junho, com 138 pacientes.
A taxa de ocupação segue alta mesmo com o maior número de leitos já abertos desde o início da pandemia. Ao todo, são 844 leitos, sendo 393 críticos e 451 clínicos. Em 2020, o máximo atingido foi 676, sendo 316 críticos e 360 clínicos.
Desde o dia 1º de março que a taxa de ocupação de leitos críticos em todo o Rio Grande do Norte está acima de 90%. Nesta segunda, está em 96,8%, mas há 50 pacientes na fila, o que significa que essas vagas já têm destino.
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