Logotipo da Lenovo é exibido em centro de computação na
cidade de Xangai (China); empresa chinesa comprou a divisão móvel da Motorola,
que fora adquirida pelo Google em 2011
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O grupo chinês Lenovo comprou
nesta quarta-feira (29) a divisão móvel da Motorola, adquirida em 2011 pelo
Google. O valor da transação é de cerca de US$ 3 bilhões. O Google comprou a
parte relacionada à telefonia da Motorola em 2011 por US$ 12,5 bilhões. A
companhia chinesa confirmou a informação na noite desta quarta em comunicado à
imprensa.
O preço da operação é de US$
2,91 bilhões, sendo US$ 1,41 bilhão no ato da compra (US$ 660 milhões em
dinheiro e US$ 750 milhões em ações). O restante do valor (cerca de US$ 1,5
bilhão) será pago na forma de uma nota promissória em três anos.
"A Lenovo tem o conhecimento
e histórico necessários para transformar a Motorola em um dos grandes
fabricantes do ecossistema Android. Eles têm muita experiência com hardware e
alcance global. Além disso, a Lenovo pretende manter a marca Motorola -- da
mesma forma como fizeram com a linha ThinkPad da IBM em 2005. O Google
continuará defendendo a plataforma Android com o portfólio de patentes da
Motorola", disse Larry Page, diretor-executivo e cofundador do Google
O Google continuará dono de
maioria do portfólio de patentes da empresa. Como parte do acordo, a Lenovo
poderá utilizar a "propriedade intelectual" envolvendo a fabricação
de celulares sem custo adicionais.
O grupo chinês, que já atua na
área de computadores e servidores, quer ganhar relevância no mercado de
smartphones móveis, cuja liderança, atualmente, pertence à sul-coreana Samsung.
Com a compra, diz a Lenovo, a companhia vai ganhar uma "forte presença nos
mercados da América do Norte e América Latina".
"A compra de uma marca
tão icônica, com um portfólio de produtos inovadores e uma equipe global
talentosa vai fazer imediatamente da Lenovo uma forte concorrente global em
smartphones", disse Yang Yuanqing, presidente e diretor-executivo da
Lenovo.
Sob a administração do Google,
a Motorola apresentou dois modelos de celulares de destaque em 2013: o Moto X e
o Moto G. O primeiro destacou-se pela integração de recursos da empresa de
buscas, como o Google Now e pelo sistema de processadores, que soma oito
núcleos. Já o Moto G foi lançado para ser uma opção acessível e com boas
características de hardware com o sistema Android.
Aquisição pelo Google
A compra da Motorola Mobility,
divisão da empresa americana responsável pela fabricação de celulares, foi
concluída pelo Google em maio de 2012. O negócio foi feito em 15 de agosto de
2011, porém os órgãos regulamentadores só ratificaram a operação após um ano.
O negócio com a Motorola,
feito em agosto de 2011, foi a maior aquisição do Google até então. A gigante
das buscas pagou US$ 12,5 bilhões pela fabricante de celulares americana – o
equivalente na época a US$ 40 por ação.
Compra por patentes
Na época da compra, alguns
analistas de mercado disseram que o Google adquiriu a Motorola para entrar na
briga do mercado de patentes de telefonia.
Por não ter um bom portfólio,
empresas da concorrência – como Apple e Microsoft – passaram a acusar
fabricantes de smartphones Android por infringirem direitos autorais de várias
tecnologias e funções.
Alguns meses antes da
aquisição, o Google tentou comprar patentes de telefonia da Nortel. A empresa
não conseguiu chegar aos valores propostos no leilão e ainda acusou Microsoft,
Apple e Oracle de atuarem em conjunto para prejudicar o desenvolvimento do
sistema Android.
Curiosamente, após o anúncio
da compra, a Motorola passou a reivindicar uma série de infrações de patentes feitas
por concorrentes. Em um caso, a Apple teve que remover produtos de seu site na
Alemanha que utilizavam tecnologias sem fio patenteadas pela Motorola.
Tecnologia Uol
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