A evolução da tecnologia e a
redução nos preços permitiu uma explosão no número de unidades de micro e
minigeração de energia fotovoltaica em todo o Brasil. Atualmente, o Rio Grande
do Norte tem 2.529 destas pequenas unidades de produção de energia. A potência
instalada alcançou 38.172,70 klowatts (kW) em 2019.
O número de novos produtores
saltou de 517, em 2018, para 1.687 no ano passado, o que representa aumento de
226%, segundo informações da Companhia Energética do Rio Grande do Norte
(Cosern). As microgeradoras têm potência instalada menor ou igual a 100
quilowatts (kW), enquanto que a minigeração tem potência instalada superior a
75 kW e menor ou igual a 5 megawatt (mW).
A principal explicação para o
aumento na procura por placas fotovoltaicas – entre residências, comércios e
prestadores de serviços – é a queda dos preços nos equipamentos. Em sites
especializados, um kit básico para gerar 455Wh (Watts por hora) custa cerca de
R$ 400. A peça, inclusive, já é vendida em grandes lojas de departamento. Mas há
também projetos customizados, dependendo da capacidade de investimento do
produtor, que podem ultrapassar os R$ 30 mil.
A redução dos custos pode ser
verificado no aumento exponencial de geradores. Em 2013, apenas 3 mini ou micro
geradores foram registrados no Rio Grande do Norte. Já em 2019, com 1.687 novas
unidades, a média foi de 4,6 novos registros por dia.
Há também módulos solares que
possuem 40 anos de vida útil e 25 anos de garantia. Os projeto mais completos
podem custar entre R$ 15 mil e R$ 30 mil.
O número de painéis de
captação energia necessários depende do tamanho da residência ou empreendimento
comercial e da quantidade de energia gasta – que variam de acordo consumo total
da unidade consumidora.
Além disso, houve uma redução
na burocracia para obter os benefícios do uso de placas fotovoltaicas. A
unidade consumidora deve fazer o registro de Microgeração e Minigeração
Distribuída (MMGD). O formulário está disponível no endereço eletrônico da Aneel.
Além disso, é preciso solicitar acesso à Cosern, o que pode ser feito pelo site
da empresa.
Também é preciso o parecer de
acesso, que é o documento formal obrigatório apresentado pela distribuidora –
sem ônus para o solicitante –, em que são informadas as condições de acesso, o
uso e os requisitos técnicos que permitam a conexão das instalações para o
sistema elétrico.
Toda a energia elétrica gerada
por essas unidades consumidoras é cedida à companhia energética potiguar, sendo
posteriormente compensada com o consumo de energia da mesma unidade
consumidora.
Ainda de acordo com a Cosern,
caso sejam necessárias melhorias ou reforços na rede para conexão da
microgeração ou minigeração distribuída, a execução da obra deve ser precedida
da assinatura de contrato específico com o interessado, no qual devem estar
discriminados as etapas e o prazo de implementação das obras, as condições de
pagamento da eventual participação financeira do consumidor, além de outras
condições vinculadas ao atendimento.
Região Nordeste bate recorde
de geração de energia solar fotovoltaica em janeiro, diz ONS
A região Nordeste registrou
dois novos recordes de geração solar fotovoltaica no último dia 16, de acordo
com números do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A geração
instantânea (pico) a partir do Sol alcançou 1.232 megawatts, e foi responsável
pelo suprimento de 10,4% do total da carga do Nordeste.
O montante corresponde a 90,3%
da capacidade total de geração das usinas solares. O recorde anterior era de 12
de novembro de 2019, quando foram gerados 1.210 megawatts. A média diária é de
449 MW, o que corresponde a um fator de capacidade de 32,9 % e participação na
carga do Nordeste de 3,9%.
De acordo com a Aneel, há
outras seis usinas Centrais Geradoras Fotovoltaicas (UFV) de grande porte em
operação no Rio Grande do Norte, que totalizam 117.105,04 kW de potência
instalada. Além disso, o RN tem 155 usinas eólicas (ventos). Totalizando
4.159.516 kW de potência instalada.
Agora RN
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